quinta-feira, 22 de novembro de 2012


A volta de um ex- dependente químico depois de uma internação

O retorno para a casa de um dependente químico depois de uma internação, para algumas famílias pode gerar vários questionamentos como será que ele vai voltar bem ou começará tudo de novo? E se houver uma recaída como será que posso ajudá-lo? e sentimentos do tipo medo e desconfiança excessiva influenciando na conduta perante o dependente químico. Pensando nisso, abaixo você encontra 17 procedimentos para saber lidar com o dependente químico.

1. Você não é responsável pela dependência do seu familiar. Você não a causou, você não pode controlá-la e você não pode curá-la sozinho;

2. Apesar de você não ser o responsável pela dependência do seu familiar, você é responsável pelo seu próprio comportamento. Você tem a escolha de ajudar o seu familiar a evitar o consumo de substâncias, através do adequado estabelecimento de limites, acolhimento, orientações e tratamento.

3. A dependência do seu familiar não é um sinal de fraqueza da sua família. Infelizmente, isso pode ocorrer em qualquer família, como quaisquer outras doenças.

4. Não ameace, acuse, moralize os erros passados do seu familiar dependente. Isso apenas tornará você o foco da raiva e frustração do seu familiar dependente; além disso, não ajudará o mesmo a modificar o seu comportamento.

5. No entanto, não mascare, desculpe ou proteja o dependente das conseqüências naturais do seu comportamento. Fazendo isso, você se torna “cúmplice” na perpetuação dos comportamentos irresponsáveis ou inadequados do adicto;

6. Não tente encontrar fatos no passado do dependente, como traumas infantis, estresse no trabalho, problemas conjugais, para justificar o problema com as drogas. Isso somente promoverá a chancela ao indivíduo dependente para a manutenção do uso das substâncias;

7. Não faça “jogos de culpa” para o indivíduo dependente. Por exemplo, dizer que “se você realmente gostasse de mim, você pararia de usar drogas” realmente não funciona. Culpa não funciona.

8. Não use ameaças como forma de manipulação. Você pode e DEVE estabelecer limites, mas primeiro pense cuidadosamente e, então, esteja preparado  para ir adiante. Se você não sabe o que dizer, é melhor não dizer nada.

9. Não permita que o indivíduo dependente “explore” você financeiramente ou de qualquer outro modo. Respeite-se.

10. Não ignore formas de manipulação realizadas pelo adicto. Não estabeleça conluio com o indivíduo dependente para manter segredos sobre o consumo de drogas. Isso apenas aumentará a evasão de responsabilidade por parte do adicto.

11. Não se esqueça de procurar e manter o seu próprio tratamento. A co-dependência pode ser, às vezes, devastadora.

12. Não tente proteger o indivíduo dependente de problemas comuns da família.

13. Não promova uma “guerra”, se sinais de recaída estiverem presentes. Também não mantenha silêncio sobre eles. Apenas traga-os à vista calmamente e diretamente, sem acusações.

14. Não espere que o indivíduo dependente em recuperação seja “legal” o tempo todo. Às vezes, ele pode ficar irritado, triste, ou de mau humor, sem que isso esteja relacionado ao uso de drogas.

15. Além do problema relacionado ao uso de drogas pelo familiar dependente, você tem outros problemas para solucionar. Não os deixe de lado.

16. Não se iluda pensando que o indivíduo dependente está “curado” e nunca mais usará substâncias. A síndrome de dependência é uma doença crônica que requer tratamento crônico;

17. Não deixe de focar-se em si mesmo. Utilize o seu sistema de apoio, terapeuta, outros familiares e amigos para possibilitar a sua recuperação enquanto co-dependente.
                                                                                          Por Danilo Baltieri
Fonte: http://www2.uol.com.br/vyaestelar

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