quinta-feira, 13 de dezembro de 2012


O álcool  na adolescência

Sabe- se que hoje em dia o uso de álcool por adolescentes é desenfreado, apesar de existirem leis que proíbem o uso, principalmente em festas, baladas e raves. Porém, o que não se percebe é que o organismo de um adolescente e até de um adulto não foi preparado para isso, e em especial, sua maturação cerebral. O álcool possui substâncias nocivas que podem afetar o curso natural do organismo e do sistema nervoso central de um adolescente e isso é algo que os pais deveriam de estar atentos. Por isso, o primeiro passo é saber e estabelecer um diálogo com os filhos pois é através desse meio que você fortalece os laços e o conhece. Dessa forma, ao falar sobre o uso indevido do álcool o adolescente vai te ouvir conscientemente e não vai achar que é uma repressão e sim uma atitude de pai que está educando e que deseja o melhor para ele. 
O Dr. Dartiu Xavier da Silveira, professor da UNIFESP(Universidade Federal de São Paulo) e coordenador do PROAD( Programa de orientação e atendimento a dependentes) dá algumas orientações a respeito:

- Dê exemplo em casa, evitando o uso indevido (regular e em excesso) de bebidas alcoólicas.
- Participe da vida de seu filho, estimule hábitos saudáveis e momentos de lazer em família.
- Procure saber sobre os efeitos da bebida alcoólica no organismo de um adolescentes. A informação persuade e colabora nos diálogos.
- Preste atenção ao seu filho. Perceba se tem amigos, se namora, se vai bem nos estudos, se está feliz. Caso nada disso aconteça, talvez já esteja passando do momento de conversar.
- Pergunte a ele sobre sua vida- sobre o colégio, as festas, se os colegas o forçam a consumir bebida alcoólica e se os mesmos consomem e como ele reage a todos esses estímulos. Supervisione somente quando necessário, sem antecipar situações.
- Fique atento em relação aos amigos, estabeleça limites e acordos com seus filhos para convivências saudáveis. Evite dizer apenas não, aprendendo a ouvir suas razões.



quinta-feira, 22 de novembro de 2012


A volta de um ex- dependente químico depois de uma internação

O retorno para a casa de um dependente químico depois de uma internação, para algumas famílias pode gerar vários questionamentos como será que ele vai voltar bem ou começará tudo de novo? E se houver uma recaída como será que posso ajudá-lo? e sentimentos do tipo medo e desconfiança excessiva influenciando na conduta perante o dependente químico. Pensando nisso, abaixo você encontra 17 procedimentos para saber lidar com o dependente químico.

1. Você não é responsável pela dependência do seu familiar. Você não a causou, você não pode controlá-la e você não pode curá-la sozinho;

2. Apesar de você não ser o responsável pela dependência do seu familiar, você é responsável pelo seu próprio comportamento. Você tem a escolha de ajudar o seu familiar a evitar o consumo de substâncias, através do adequado estabelecimento de limites, acolhimento, orientações e tratamento.

3. A dependência do seu familiar não é um sinal de fraqueza da sua família. Infelizmente, isso pode ocorrer em qualquer família, como quaisquer outras doenças.

4. Não ameace, acuse, moralize os erros passados do seu familiar dependente. Isso apenas tornará você o foco da raiva e frustração do seu familiar dependente; além disso, não ajudará o mesmo a modificar o seu comportamento.

5. No entanto, não mascare, desculpe ou proteja o dependente das conseqüências naturais do seu comportamento. Fazendo isso, você se torna “cúmplice” na perpetuação dos comportamentos irresponsáveis ou inadequados do adicto;

6. Não tente encontrar fatos no passado do dependente, como traumas infantis, estresse no trabalho, problemas conjugais, para justificar o problema com as drogas. Isso somente promoverá a chancela ao indivíduo dependente para a manutenção do uso das substâncias;

7. Não faça “jogos de culpa” para o indivíduo dependente. Por exemplo, dizer que “se você realmente gostasse de mim, você pararia de usar drogas” realmente não funciona. Culpa não funciona.

8. Não use ameaças como forma de manipulação. Você pode e DEVE estabelecer limites, mas primeiro pense cuidadosamente e, então, esteja preparado  para ir adiante. Se você não sabe o que dizer, é melhor não dizer nada.

9. Não permita que o indivíduo dependente “explore” você financeiramente ou de qualquer outro modo. Respeite-se.

10. Não ignore formas de manipulação realizadas pelo adicto. Não estabeleça conluio com o indivíduo dependente para manter segredos sobre o consumo de drogas. Isso apenas aumentará a evasão de responsabilidade por parte do adicto.

11. Não se esqueça de procurar e manter o seu próprio tratamento. A co-dependência pode ser, às vezes, devastadora.

12. Não tente proteger o indivíduo dependente de problemas comuns da família.

13. Não promova uma “guerra”, se sinais de recaída estiverem presentes. Também não mantenha silêncio sobre eles. Apenas traga-os à vista calmamente e diretamente, sem acusações.

14. Não espere que o indivíduo dependente em recuperação seja “legal” o tempo todo. Às vezes, ele pode ficar irritado, triste, ou de mau humor, sem que isso esteja relacionado ao uso de drogas.

15. Além do problema relacionado ao uso de drogas pelo familiar dependente, você tem outros problemas para solucionar. Não os deixe de lado.

16. Não se iluda pensando que o indivíduo dependente está “curado” e nunca mais usará substâncias. A síndrome de dependência é uma doença crônica que requer tratamento crônico;

17. Não deixe de focar-se em si mesmo. Utilize o seu sistema de apoio, terapeuta, outros familiares e amigos para possibilitar a sua recuperação enquanto co-dependente.
                                                                                          Por Danilo Baltieri
Fonte: http://www2.uol.com.br/vyaestelar

domingo, 18 de novembro de 2012


      
O sofrimento de uma Mãe  

      O sofrimento e a dor são sentimentos presentes na vida de uma mãe que possui um filho dependente químico. O sentimento de vazio indica a perda de um filho que antes das drogas vivia uma vida saudável e diferente dessa que se apresenta depois das drogas. Pois, o filho saudável dá lugar ao filho doente que pela ausência de sentimentos(anedonia) não percebe o que está fazendo com seu familiar.
O ciclo vicioso faz com que a pessoa tenha atitudes e comportamentos no qual o objetivo é somente a obtenção da droga. O dependente apresenta comportamentos desviantes e quem mais sofre com isso é aquele familiar que gerou, ensinou e acompanhou a vida dessa pessoa, ou seja, a mãe que ao ver seu filho encarcerado pelas drogas se perdem no meio de situações destrutivas na tentativa de ajudar a seu filho. Dessa forma, acabam perdendo sua identidade dando lugar a uma identidade co-dependente em que seus pensamentos, sentimentos, comportamentos e ações estão voltadas ao filho dependente químico esquecendo de sua vida e das pessoas a sua volta. A co-dependência também é uma doença. Observe se isso não esteja acontecendo com você ou algum familiar seu e procure uma ajuda!  Grupos de ajuda: http://www.naranon.org.br/;http://www.amorexigente.org.br/


Os comportamentos de um usuário de substâncias químicas



A dependência química invadiu lares de todos os níveis sociais e hoje em dia é a principal preocupação dos pais. Se fosse perguntar a você se conhece alguém que tenha problema com substancias psicoativas com certeza você falaria que sim. Porém, muitas pessoas( pais, esposas, maridos e outros familiares) sentem dificuldade em identificar o início e até o uso abusivo dessas substancias, fazendo com que a ajuda seja tardia a esse familiar. Pensando nisso, abordaremos alguns comportamentos que dão indícios de um uso e abuso de substância psicoativa por meio dos tipos de drogas:


> Maconha: Após o uso dessa substância o usuário apresenta sonolência, ri de tudo, fica com os olhos avermelhados e tem muita vontade de comer ( sensação denominada de “larica” entre os usuários). E depois de algum tempo de uso, as pontas dos dedos começam a ficar amareladas.

> Cocaína: Com a inalação do pó de cocaína o coração do usuário dispara, os olhos ficam estatelados, há diminuição do sono. Sendo que o uso pode causar emagrecimento repentino.

>Crack: O usuário, após o uso, possui alucinações e pode ter a impressão de que está sendo perseguido. Fica agitado, perde o apetite e eleva a temperatura corporal.

>Lança-perfume: Seu efeito é poderoso e pode causar confusão mental durante o uso e após o uso, podendo causar patologias graves.

>LSD: Esse tipo de droga pode provocar alucinações tanto eufóricas e excitantes quanto de pânico e susto. O usuário tem a sensação de que o ambiente está distorcido. E é capaz de produzir “flashback”, ou seja, quando após semanas o usuário sente as mesmas sensações sem ter realizado uso.

>Ecstasy: O usuário apresenta comportamentos bizarros, euforia, psicoses e alucinações. 

No geral, os usuários dessas substâncias apresentam comportamentos disfuncionais como isolamento, irritação, intolerância, começa a passar o dia ou a noite fora de casa sem um motivo e entram em estados depressivos após o uso. Por isso, recomenda-se que a verificação desses comportamentos seja feita através da observação, e após a constatação tenha uma conversa e ofereça uma ajuda indicando um psicólogo e/ou psiquiatra especializado. Pois, a terapia pode ajudar o usuário a compreender as questões que o levaram ao uso, a aprender sobre a dependência química mostrando o uso prejudicial ao indivíduo.



domingo, 13 de maio de 2012

O dependente químico: culpa versus responsabilidade

Os pensamentos e sentimentos de culpa estão muito presentes no discurso de dependentes químicos. Isso acontece por causa das consequências do seu uso como, as situações de perdas e degradação da própria vida. Muitos tendem a enfrentar a situação de forma vitimizada, e essa forma de pensar e agir leva-os a  abrigar sentimentos de culpa e a  acreditar que não podem fazer nada para modificar sua realidade, e consequentemente, isso vai criando um ciclo da forma que quando os pensamentos e os sentimentos de culpa surgem o desejo de consumir a droga é maior realizando o ato compulsivamente. Na verdade, o que acontece é que o sentir se culpado faz com que a pessoa não se sinta responsável pelo seu uso de substâncias psicoativas resultando na permaneça dessa situação. 
A responsabilidade, por sua vez, exige uma ação, uma escolha, no sentido de tornar a pessoa um ser atuante em sua realidade, um indivíduo que é livre para fazer e assumir seus caminhos! Por isso, um dependente químico é sim responsável pelo seu uso porém muitas das vezes ele opta por se sentir culpado e se sentir mal em vez de se responsabilizar pelo seu uso e tentar modificar sua realidade.

sábado, 12 de maio de 2012

Esse é um blog que procura explorar o mundo da dependencia química de forma profunda e cuidadosa. Aqui serão abordados temas como família, o indivíduo enquanto dependente de substâncias psicoativas, o indivíduo e seu contexto familiar, o ambiente de drogadição e alcoolismo e suas consequências, e principalmente, vamos mergulhar no mundo dos pensamentos e sentimentos experiênciados por essas pessoas com problemas com dependencia química e seus membros envolvidos nesse processo.
Enquanto Psicologia acredita-se que é preciso ter uma visão humanizada nesse contexto em que haja o acolhimento e não o julgamento, a compreensão e não o desprezo, a orientação e não a discussão. E que no lugar de sentimentos de vergonha, raiva e sofrimento aflore sentimentos de esperança, fé e a vontade de viver!