Ao se referir a recuperação deve-se levar em consideração uma das principais características que é a motivação. A motivação pode ser intrínseca ou extrínseca , ou seja, no primeiro há uma força interna que o estimula a ação e no segundo a força estimulante se encontra no externo, no ambiente. Alguns teóricos acreditam que a motivação está relacionada com a possibilidade de uma pessoa iniciar, dar continuidade e manter um processo de mudança. Esse aspecto no processo de recuperação de um dependente químico é importante no sentido de auxiliar o indivíduo a desenvolver o desejo de se manter abstinente, para isso o mesmo deve encontrar “motivos”, traçar metas e/ou objetivos que o estimule à realizar a mudança. O que acontece muitas da vezes é que o indivíduo ao entrar em tratamento apresenta pensamentos e sentimentos ambíguos nos quais suas motivações se encontram flutuantes e conflitantes fazendo com que o terapeuta ao perceber a ambiguidade consiga acessar e criar possibilidades para realizar o aconselhamento. Pois, acredita-se que a motivação é mutável, ou seja, é passível a haver alterações durante o processo. Dessa forma, a motivação deve ser considerada no processo de tratamento e na recuperação de um indivíduo.
